sexta-feira, 19 de maio de 2017

A Reforma Calvinista

O fundador da Reforma Calvinista foi João Calvino. Ele se converteu ao luteranismo e, posteriormente, deu início à própria Reforma Protestante em 1536, com a publicação de um livro intitulado "A instituição da Religião Cristã".

O aspecto mais importante de sua doutrina, para nossos estudos, é o que diz respeito à salvação da alma. De acordo com Calvino, a salvação da alma era uma questão de predestinação. Isto significa que as pessoas nascem com seu destino já traçado, e destinadas ou à salvação ou à condenação de sua alma.

Este princípio da predestinação se baseia na ideia de que Deus é onisciente, ou seja, que conhece tudo, inclusive passado, presente e futuro de todas as pessoas. Por isso, já sabe desde sempre quem está destinado à salvação ou à condenação de sua alma.

Para Calvino, as pessoas deviam seguir sempre o caminho de Deus, e observar possíveis sinais de sua salvação. Um dos mais importantes é a prosperidade no trabalho - e não a riqueza simplesmente.
Isto interessava muito aos burgueses. Por quê?

A burguesia incluía comerciantes e banqueiros. Vamos lembrar o que discutimos em sala sobre a USURA, palavra que vem do latim usūra e significa "juro". De modo bastante simplificado, para que fique mais fácil de compreender, podemos dizer que a usura era o lucro obtido através do empréstimo de dinheiro. Esse lucro era conseguido pelos juros cobrados em cima do tempo em que a pessoa ficou com o dinheiro que lhe foi emprestado. Como o tempo é de Deus, e não dos homens, a Igreja Católica condenava a usura.

No entanto, de acordo com a lógica calvinista, a usura era uma forma de prosperidade no trabalho, e, portanto, vista como um sinal da graça divina da salvação da alma. Por isso, muitos burgueses aderiram à Igreja Calvinista.

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